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O Sussurro da Sabedoria: o que a bíblia diz sobre fofoca

Principais Conclusões:

  • A Fofoca como Pecado na Bíblia: A Bíblia classifica a fofoca como um pecado, destacando suas consequências prejudiciais para os indivíduos e para a comunidade.
  • Advertências Contundentes contra Falar Mal dos Outros: Diversos versículos bíblicos, especialmente em Provérbios e Tiago, advertem sobre os perigos de falar mal dos outros e a importância de controlar a língua.
  • Exemplos Bíblicos de Fofoca: A Bíblia contém histórias de personagens que foram prejudicados pela fofoca, servindo como advertências sobre essa prática.
  • Ensino sobre o Uso Responsável da Linguagem: A Bíblia enfatiza o uso responsável e positivo da linguagem, incentivando palavras que edificam e promovem a paz.
  • Impacto Espiritual e Moral da Fofoca: A prática da fofoca é vista como um comportamento que não só prejudica as relações interpessoais, mas também afeta negativamente a própria espiritualidade do fofoqueiro.

o que a bíblia diz sobre fofoca

Definição de fofoca nos textos bíblicos

A Bíblia faz diversas referências a comportamentos que podemos associar à prática da fofoca, frequentemente descrita como “falar mal” ou “difamar”. Em Levítico 19:16, encontramos: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo: Eu sou o Senhor”. Nesta passagem, o termo “mexeriqueiro” é utilizado para identificar alguém que espalha rumores ou calúnias. A palavra hebraica usada aqui é “רָכִיל” (rakil), que denota um delator ou alguém que espalha segredos prejudiciais.

Outro termo frequentemente usado é “calúnia”, que aparece em Salmos 101:5: “Aquele que em segredo calunia o seu próximo, a este destruirei…”. O termo em hebraico é “לָשׁוֹן מְרַגֶּלוֹת” (lashon meragelot), literalmente “língua de espionagem”. Essa expressão enfatiza o caráter oculto e insidioso da fofoca, que age como um veneno silencioso entre a comunidade.

No Novo Testamento, a palavra em grego “ψιθυρισμός” (psithurismos) é usada em Romanos 1:29-30 para se referir a “maledicência” ou “murmurações”. Paulo descreve a fofoca como um dos muitos pecados que caracterizam aqueles que se afastam da vontade de Deus. Em segundo lugar, encontramos “κατάλαλος” (katalalos), em 2 Coríntios 12:20, indicando “caluniadores” ou “aqueles que falam mal dos outros”.

Além das palavras específicas, a Bíblia utiliza frequentemente metáforas para ilustrar os efeitos da fofoca. Em Provérbios 18:8, a fofoca é comparada a petiscos deliciosos que entram nas íntimas entranhas, sugerindo que, apesar de parecer inofensiva ou até apetitosa, ela causa danos profundos e duradouros.

Como a fofoca é vista à luz da Palavra de Deus

A proibição da fofoca na Bíblia não é apenas uma questão de etiqueta social ou moral, mas um reflexo do caráter divino. Deus é apresentado como o guardião da verdade e da justiça, atributos que a fofoca diretamente contradiz. Em Provérbios 6:16-19, a listagem dos sete pecados que Deus detesta inclui a “língua mentirosa” e o “que semeia contendas entre irmãos”, associando diretamente a fofoca com uma ação detestável aos olhos de Deus.

A prática da fofoca não é apenas inconveniente ou desagradável; é vista como um verdadeiro pecado com potencial destrutivo. Em Tiago 3:5-6, a língua é comparada a um pequeno fogo que pode incendiar uma grande floresta, ilustrando como palavras maliciosas podem causar destruição em larga escala. A imagem do fogo é particularmente poderosa, evocando a ideia de destruição rápida e fora de controle, algo que pode devastar relacionamentos e comunidades.

Além disso, a Bíblia adverte sobre as consequências espirituais da fofoca. Em Mateus 12:36-37, Jesus declara: “Digo-vos que de toda a palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo; porque pelas tuas palavras serás justificado e pelas tuas palavras serás condenado.” Este texto destaca a gravidade de nossas palavras e como elas são levadas em consideração no julgamento final, incentivando uma reflexão profunda sobre o que falamos sobre os outros.

A instrução bíblica também oferece uma visão positiva sobre como devemos usar nossas palavras. Em Efésios 4:29, Paulo adverte: “Nenhuma palavra torpe saia da vossa boca, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” Aqui, há um claro contraste entre as palavras destrutivas da fofoca e as palavras construtivas que edificam e beneficiam a comunidade. Desta forma, o chamado bíblico não é apenas um “não faça”, mas um “faça” propositivo: usar a fala para abençoar e edificar.

Para resumir, podemos visualizar as diversas formas e percepções que a Bíblia apresenta sobre a fofoca na tabela a seguir:

PassagemTermoSignificado
Levítico 19:16Mexeriqueiro (רָכִיל, rakil)Alguém que espalha rumores ou segredos prejudiciais
Salmos 101:5Caluniador (לָשׁוֹן מְרַגֶּלוֹת, lashon meragelot)Língua de espionagem, que prejudica em segredo
Romanos 1:29-30Maledicente (ψιθυρισμός, psithurismos)Espalhador de rumores; caluniador
2 Coríntios 12:20Caluniador (κατάλαλος, katalalos)Aquele que fala mal dos outros
Passagens na Bíblia sobre fofoca

Exemplos de fofoca entre personagens bíblicos

José e seus irmãos

Um dos exemplos mais marcantes de fofoca na Bíblia pode ser encontrado na história de José e seus irmãos, relatada no livro de Gênesis. José, filho de Jacó, era o favorito de seu pai, o que causava grande inveja entre seus irmãos. Além disso, José tinha sonhos em que ele se via em posição de liderança sobre a família, o que aumentava ainda mais a animosidade contra ele. Em Gênesis 37:2, vemos que José trouxe um “relatório ruim” sobre seus irmãos a seu pai, disseminando informações que os afligiram.

Essa disseminação de informações e a inveja exacerbada culminaram em um ato extremo de traição. Os irmãos de José conspiraram contra ele, inicialmente planejando matá-lo. No entanto, acabaram vendendo-o como escravo para mercadores ismaelitas (Gênesis 37:19-28). A fofoca inicial de José e a inveja de seus irmãos tiveram consequências profundas e duradouras para toda a família.

Essa história ilustra como fofocas e difamações podem criar divisões familiares e levar a ações impulsivas e destrutivas. A narrativa de José nos ensina a importância de agir com integridade e a considerar cuidadosamente o impacto de nossas palavras e ações sobre os outros.

No final, Deus usou as provações de José para um propósito maior, transformando a situação para o bem. No entanto, a trajetória dolorosa pela qual José passou nos lembra das sérias consequências que a fofoca pode desencadear.

Arão, Miriã e Moisés

Outra instância significativa de fofoca na Bíblia envolve Arão e Miriã, irmãos de Moisés. Em Números 12:1-2, lemos que Miriã e Arão começaram a falar contra Moisés por causa de sua esposa etíope, questionando sua liderança: “Será que o Senhor falou apenas por meio de Moisés? Não falou também por meio de nós?” Essa murmuração de Miriã e Arão pode ser vista como um ato de fofoca, pois denegria a posição de Moisés e criava dissensão.

Deus não agradou dessas palavras e chamou Moisés, Arão e Miriã à Tenda da Congregação. Lá, Deus defendeu Moisés, enfatizando sua fidelidade e humildade. Como consequência, Miriã foi golpeada com lepra, tornando-se “branca como a neve” (Números 12:10). Arão pediu a Moisés que intercedesse por ela, e depois de sete dias de separação, Miriã foi curada.

Essa passagem demonstra que a difamação e a murmuração podem levar a consequências severas, tanto físicas quanto espirituais. A resposta de Deus ao comportamento de Miriã e Arão sublinha a importância de honra e respeito dentro da comunidade e da família. A intervenção divina reafirma que a liderança de Moisés foi escolhida e ordenada por Deus.

Esse episódio também nos lembra do impacto das nossas palavras, especialmente quando questionamos a autoridade daqueles que foram colocados em posições de liderança. Arão e Miriã aprenderam de maneira difícil que a fofoca e a dissidência podem não apenas causar divisão, mas também resultar em juízos sérios por parte de Deus.

A história de Hamã e Mardoqueu

O livro de Ester oferece outro exemplo notável de intriga e fofoca, desta vez entre Hamã e Mardoqueu. Hamã, um alto oficial no reino persa, alimentava uma aversão profunda por Mardoqueu, um judeu que se recusava a se curvar diante dele. Essa antipatia pessoal levou Hamã a difamar Mardoqueu e seu povo perante o rei Assuero, alegando que os judeus eram uma ameaça ao reino (Ester 3:8-9).

Hamã manipulou o rei para emitir um decreto ordenando a destruição de todos os judeus no império. A situação parecia desesperadora até que Ester, a rainha judia, intercedeu corajosamente, revelando o plano sinistro de Hamã e sua verdadeira lealdade ao seu povo (Ester 7).

No final, as maquinações e fofocas de Hamã levaram à sua própria execução. O decreto genocida foi revertido, e Mardoqueu foi elevado a uma posição de honra no reino. Essa narrativa demonstra que a difamação e os esquemas malignos, alimentados por inveja e ódio, nunca prevalecem contra a justiça e a verdade.

A história de Hamã e Mardoqueu é uma poderosa lembrança de que aqueles que se envolvem em fofocas e intrigas podem, no fim, cair nas próprias armadilhas que armam para os outros. Também destaca a importância de se manter firme na verdade e de falar com coragem diante da injustiça.

Consequências das fofocas mencionadas na Bíblia

Ruptura de relações familiares

A história de José e seus irmãos ilustra de forma contundente como a fofoca pode destruir laços familiares. As ações de José, ao levar um relatório negativo sobre seus irmãos a seu pai, e a subsequente inveja e conspiração dos irmãos, levaram a uma ruptura total na relação familiar. José foi vendido como escravo, o que causou uma imensa dor e angústia, tanto para ele quanto para seu pai, Jacó, que acreditava que seu filho estava morto (Gênesis 37:31-35).

Através dessa narrativa, podemos ver como a fofoca e a inveja podem semear desconfiança e animosidade entre membros da mesma família. A restauração final da família de Jacó só foi possível muitos anos depois, e não sem sofrimento e arrependimento. A história de José nos lembra que as palavras têm o poder de dividir ou unir, dependendo de como são usadas.

Outra consequência significativa foi a realização de um propósito maior de Deus. Mesmo no meio da traição e separação causadas pela fofoca, Deus transformou a situação para preparar José para um tempo de liderança e salvação na terra do Egito. No entanto, o caminho até esse ponto foi cheio de dor e sofrimento desnecessários, mostrando que a fofoca pode desencadear uma série de eventos negativos antes que qualquer propósito positivo possa emergir.

Portanto, é crucial considerarmos como nossas palavras e ações podem impactar aqueles ao nosso redor, especialmente dentro de nossas próprias famílias. Devemos buscar cultivar um ambiente de confiança e encorajamento, em vez de desconfiança e dissolução.

Divisão comunitária e consequências divinas

A murmuração de Arão e Miriã contra Moisés traz à tona as consequências divinas da fofoca. Miriã foi afligida com lepra, e a comunidade teve que parar sua jornada até que ela fosse curada (Números 12:14-15). Isso não só impactou a família imediata de Moisés, mas também teve um efeito ripple em toda a comunidade de Israel. A fofoca e a dissidência criam divisões que podem retardar o progresso e a harmonia de um grupo maior.

Além das consequências imediatas, essa história também ilustra a ofensa que a fofoca representa para Deus. A intervenção divina direta sublinha o quão sério Deus considera a difamação e a falta de respeito à autoridade ordenada por Ele. O episódio serve como um lembrete solene de que Deus está atento às nossas palavras e atitudes em relação aos outros, especialmente aqueles em posições de liderança.

É vital aprender com o ocorrido com Arão e Miriã que a unidade e respeito dentro da comunidade são essenciais para o bem-estar espiritual e progresso coletivo. A murmuração e a fofoca não só desonram a pessoa difamada, mas também desonram a Deus, que instituiu a ordem dentro da comunidade.

Para evitar tais consequências, devemos buscar ser agentes de paz e respeito, promovendo a harmonia e a unidade em nossas comunidades. Em vez de criticar e difamar, devemos buscar o entendimento e encorajamento mútuo.

Autodestruição e justiça divina

As intrigas de Hamã contra Mardoqueu são um exemplo contundente de como os atos de fofoca e malignidade podem eventualmente levar à autodestruição. Hamã, consumido pelo ódio e inveja, manipulou o rei Assuero para emitir um decreto genocida contra os judeus. No entanto, suas maquinações foram expostas e ele foi executado na mesma forca que havia preparado para Mardoqueu (Ester 7:9-10).

A queda de Hamã destaca um princípio bíblico recorrente de que aqueles que tramam o mal contra os outros frequentemente acabam caindo em suas próprias armadilhas. A justiça divina prevalece, punindo aqueles que usam a fofoca e a intriga para prejudicar os outros. Esta história serve como um alerta severo contra o uso de palavras e ações maliciosas.

Além disso, a eventual elevação de Mardoqueu e a salvação do povo judeu mostram que Deus é soberano e pode inverter as situações mais desesperadoras. Aqueles que são fiéis e justos encontram vindicação e bênção, mesmo quando enfrentam adversidade e difamação. A narrativa encoraja os crentes a confiar na justiça e providência divinas, mesmo no meio de calúnias e malícias.

Por fim, a lição de Hamã e Mardoqueu sublinha a destruição inevitável que se abate sobre aqueles que persistem em caminhos de desonestidade e malícia. Devemos sempre buscar ser verdadeiros e justos, lembrando que Deus é um juiz justo e que nossas ações carregam profundas consequências.

CINCO FATOS SUPER INTERESSANTES SOBRE: o que a bíblia diz sobre fofoca

  1. Fofoca é Listada entre os Pecados em Provérbios: A Bíblia, em Provérbios 6:16-19, inclui a fofoca entre as sete coisas que Deus odeia, enfatizando sua gravidade. (fonte: Provérbios 6:16-19)
  2. A Advertência de Tiago sobre a Língua: No Novo Testamento, Tiago descreve a língua como “um mal inquieto, cheio de veneno mortífero”, alertando sobre o poder destrutivo das palavras. (fonte: Tiago 3:8)
  3. História de Miriam e Arão: Miriam, irmã de Moisés, foi punida por Deus com lepra após fofocar sobre Moisés, demonstrando as consequências severas da fofoca. (fonte: Números 12:1-10)
  4. O Papel de Judas: Judas Iscariotes, conhecido por trair Jesus, também foi um fofoqueiro, ao falar mal de Jesus aos líderes religiosos, levando à sua prisão e crucificação. (fonte: Mateus 26:14-16)
  5. O Ensinamento de Jesus sobre Palavras: Jesus ensinou que as palavras refletem o coração, e que seremos julgados por cada palavra inútil que falarmos. (fonte: Mateus 12:36-37)

Versículos que condenam a fofoca

A Bíblia é explícita em diversas passagens ao condenar a fofoca, mostrando como essa prática pode ser destrutiva para a vida pessoal e comunitária. A fofoca, que muitas vezes parece inofensiva, é vista nas Escrituras como um pecado que pode causar danos profundos.

Provérbios 20:19

Uma das passagens mais diretas sobre a fofoca encontra-se em Provérbios 20:19: “O mexeriqueiro revela segredos; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios.” Esse versículo adverte sobre o perigo de associar-se com pessoas que fofocam, pois elas não são confiáveis e podem trair segredos.

Efésios 4:29

Em Efésios 4:29, lemos: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.” Paulo aqui enfatiza a importância de usar nossas palavras para edificação, e não para destruição. A fofoca, que é uma palavra torpe, fere a edificação e promove desunião.

Provérbios 16:28

Outro versículo contundente é Provérbios 16:28: “O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos.” Esta abordagem destaca como a fofoca e a dissensão são práticas mal-intencionadas que destroem relacionamentos e afastam pessoas que poderiam ser amigas leais.

Tiago 4:11

O livro de Tiago também fala contra a fofoca: Tiago 4:11: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei.” A fofoca é cientemente condenada como falar mal, e Tiago lembra que isso é um julgamento que deveria ser reservado a Deus.

Passagens bíblicas que alertam sobre os perigos da fofoca

Além de condenar a fofoca, a Bíblia também nos alerta sobre os perigos que ela representa. A fofoca pode destruir reputações, causar divisões e até mesmo espalhar mentiras, afetando negativamente a nós mesmos e aos outros.

Provérbios 18:8

Em Provérbios 18:8, lemos: “As palavras do mexeriqueiro são como petiscos deliciosos; descem até o íntimo do homem.” Esse versículo sugere que as fofocas, embora pareçam saborosas e irresistíveis, têm um impacto profundo e negativo que vai até o íntimo, causando dano espiritual e emocional.

Salmos 34:13

O Salmo 34:13 oferece um conselho claro: “Guarda a tua língua do mal e os teus lábios de falarem dolosamente.” Aqui, a advertência é para guardarmos nossa língua, evitando proferir palavras que podem enganar, machucar ou destruir a vida dos outros.

Provérbios 26:20

Provérbios 26:20 nos ensina uma lição prática sobre o efeito da fofoca: “Sem lenha, o fogo se apaga; e não havendo mexeriqueiro, cessa a contenda.” Este conselho prático indica que, na ausência de fofoca, muitos conflitos e discussões inevitáveis desapareceriam. Isso mostra como a fofoca pode ser um combustível poderoso para o conflito.

Romanos 1:29-30

Em Romanos 1:29-30, a fofoca é listada entre uma série de pecados graves: “Estão cheios de toda a sorte de injustiça, maldade, cobiça e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, contenda, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes, presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem aos pais.” A inclusão da fofoca nessa lista ilustra a seriedade com que é vista aos olhos de Deus.

Ensinos sobre como lidar com fofocas de acordo com a Bíblia

Além de condenar a fofoca e alertar sobre seus perigos, a Bíblia também nos dá diretrizes claras sobre como lidar com situações de fofoca. A abordagem é sempre buscar a verdade e promover a paz e a união entre os irmãos.

Mateus 18:15-17

Jesus oferece um dos ensinos mais práticos sobre como lidar com fofoca em Mateus 18:15-17: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai arguí-lo entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda a questão se resolva.” Esta passagem promove a resolução direta e privada de conflitos, evitando a disseminação de fofocas que podem agravar a situação.

Tito 3:10

Em Tito 3:10, Paulo orienta: “Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez.” Isso sugere uma abordagem de advertir aqueles que causam divisões e disseminam fofocas. Se não houver mudança, o distanciamento pode ser necessário para preservar a paz e a unidade.

Efésios 4:31-32

Outra passagem que ensina a lidar com fofocas é Efésios 4:31-32: “Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.” Paulo nos aconselha a reemplaçar maus hábitos, incluindo a fofoca, por bondade e compaixão, promovendo um ambiente de perdão e acolhimento.

Provérbios 17:9

Finalmente, em Provérbios 17:9, encontramos um princípio sobre como lidar com informações: “Aquele que encobre uma ofensa promove amor, mas o que a lança em rosto separa bons amigos.” Esta passagem ensina a importância de não espalhar informações prejudiciais, mesmo que sejam verdadeiras, para preservar o amor e a harmonia entre as pessoas.

Como controlar a língua para evitar a propagação de fofocas

O poder do silêncio

Uma das maneiras mais eficazes de controlar a língua é aprender o poder do silêncio. Provérbios 17:28 diz: “Até um tolo, quando se cala, é tido por sábio; e o que cerra seus lábios é tido por entendido.” Às vezes, a melhor resposta é não dizer nada. Essa prática de silêncio pode evitar muitos conflitos e mal-entendidos.

Também é essencial ouvir mais do que falar. Tiago 1:19 nos aconselha: “Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se”. Ouvir com atenção não apenas nos ajuda a compreender melhor os outros, mas também nos dá a oportunidade de refletir antes de responder.

Reflexão antes de falar

A Bíblia nos encoraja a refletir sobre as palavras antes de pronunciá-las. Salmo 141:3 é um pedido sincero: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”. Este versículo pede a ajuda divina para controlar nossas palavras.

Essa prática de reflexão pode envolver algumas perguntas simples: Minhas palavras são verdadeiras? Elas são necessárias? Elas são gentis? Se a resposta a qualquer uma dessas perguntas for “não”, talvez seja melhor não dizer nada.

Práticas de oração e meditação

A oração e a meditação nas escrituras são ferramentas poderosas para ajudar a controlar a língua. Ao meditar na Palavra de Deus, como no Salmo 19:14: “As palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor”, podemos permitir que a verdade de Deus transforme nosso coração e, consequentemente, nossas palavras.

A oração, por outro lado, nos permite buscar orientação e força divinas para evitar cair na tentação de fofocar. Pedir ao Espírito Santo para nos ajudar a falar com sabedoria e amor pode fazer uma grande diferença em nosso comportamento diário.

Buscar responsabilidade comunitária

Finalmente, buscar responsabilidade dentro de uma comunidade de fé pode ser extremamente útil. Ter um parceiro de responsabilidade que possa nos alertar quando estivermos prestes a cair na tentação de fofocar pode fornecer o apoio necessário para mantermos nosso compromisso de usar nossas palavras de maneira edificante.

Como comunidade, é importante criar um ambiente onde a fofoca não seja tolerada e onde as palavras de encorajamento e edificação sejam a norma. Isso não só beneficia os indivíduos, mas toda a comunidade cristã, fortalecendo os laços e promovendo um ambiente de amor e respeito.

Frequentes perguntas e respostas: o que a bíblia diz sobre fofoca

O que a Bíblia fala de fofoca?

A Bíblia condena a fofoca, descrevendo-a como uma prática que semeia discórdia e causa dano aos relacionamentos. Diversos versículos advertem contra falar mal dos outros e incentivam o uso responsável da linguagem.

O que é o pecado da fofoca?

O pecado da fofoca envolve falar mal dos outros pelas costas, espalhando rumores ou informações prejudiciais, muitas vezes sem conhecimento completo dos fatos, com o intuito de causar danos ou elevar-se às custas dos outros.

O que a Bíblia diz sobre falar mal dos outros?

A Bíblia adverte contra falar mal dos outros em vários versículos, destacando a importância de controlar a língua e usar palavras para edificar e promover a paz. Versículos como Tiago 4:11 e Efésios 4:29 são exemplos dessas advertências.

O que diz Provérbios 13:3?

Provérbios 13:3 diz: “Quem guarda a boca conserva a sua vida, mas quem fala demais acaba se arruinando.” Este versículo destaca a importância de controlar as palavras e evitar falar impulsivamente.

O que está escrito em Provérbios 16:3?

Provérbios 16:3 diz: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.” Este versículo incentiva a dedicação de nossos planos e ações a Deus, buscando Sua orientação e bênção.

Quem foi o fofoqueiro da Bíblia?

Um exemplo de fofoqueiro na Bíblia é Judas Iscariotes, que traiu Jesus ao falar mal dele aos líderes religiosos. Outro exemplo é Miriam, que foi punida por fofocar sobre Moisés.

O que está escrito em Provérbios 6:16?

Provérbios 6:16-19 lista sete coisas que Deus odeia, incluindo “uma língua mentirosa” e “quem provoca discórdia entre irmãos,” que podem ser associados à prática da fofoca.

O que está escrito em Tiago 1:26?

Tiago 1:26 diz: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana a si mesmo, e sua religião não tem valor algum.” Este versículo enfatiza a importância de controlar a língua como parte de uma verdadeira vida religiosa.

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